Onde estão os olhos que desnudam as formas?
Por onde anda o olhar circunscrito no centro, no maior centro onde o tempo é rei?
Que é do corpo, quando os olhos se entregam à maior lua nunca antes vista no céu?
E nas mãos abertas, os traços do destino ainda em aberto? Onde estão?
Que é de Ti, quando sobes ao cume mais alto da montanha e gritas por mais céu?
Onde estamos nós na abundância dos abraços semi-abertos na escuridão?
Que é de todos à entrada do Portal aberto à luz?
Onde estão todos, os que na noite não se sentem porque as portas e as janelas trancadas, fazem do espaço onde guardam os sonhos, a sua maior prisão?
Que é das mãos, quando dadas e não aconchegadas no peito, o lugar eleito ?
Que é da consciência límpida na arquitectura de um pensamento livre?
Que é do mundo?
Como será o nosso pequeno mundo, quando aberto num caminho deserto?
Como será a esperança ainda entrelaçada à espera das maiores conquistas do nosso pequeno mundo?
Dolores Marques(ONIX)
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