Se as vistas
Que (a)visto daqui
Me trouxerem o teu sorriso
Mergulho nesse mar que vi
E sugo-te o mel que coalha
No teu corpo
És já um instante
Que percorro
Sedução e paixão
E a minha boca
Um sopro quente
Alquimia soletrada
Pelo chão
E lá que m’encontras
Em constante agitação
Apartei-me do meu rio
E sou-te onda presa
Maremoto onde aprumo
A minha solidão
Sou nas brumas da memória
Um corpo só
E na alma…todos num
Sou nos tempos idos
Um vulcão que morreu na tua mão
Vê como sangra ainda
E corre por todos os rios
Ao encontro das vestes idas
Onde o sol reparte
A melhor parte do único verão
Dou-te a minha boca
Sê tu um único trago
E sacia a minha sede
Que morre aos poucos
Num descampado
Onde se juntam as estrelas
E s’arrumam outros sóis
Sem embarcação
(2009)
1 comentário:
Sensuais e lindos versos.Parabéns.
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