Não sei como imaginar
o vazio de um lugar…
vazio...
Pensar sequer nesse longínquo espaço
onde o pensamento é coagido
a permanecer à sombra
depois traído
quando por força do pensar
cuspido fora dos olhos
Não me surpreende esse frenético olhar
quando me toca
como um simples ruído
indecifrável…
até no silêncio
por não pensar em coisa alguma
ou então em algo semelhante
ao vazio do espaço
que permita imaginar-me
perto ou longe
Não lastimo a falta de o não o ter
é como se fizesse parte
da sua ausência
da imaginação daquele pensar abstracto
Não queira saber onde me encontrar
porque somente me sei
sem me saber presente
(Às vezes a ausência é eternamente
o espaço físico da morte
nunca antes anunciada)
Pois que nem a morte me sabe
nem me interessa
saber se ela existe
ou se no limite, sou…
o pensamento
antes
ou depois dela
por causa de pensar
que penso
a imaginar-me dentro dela
ÔNIX
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