Sou do povo sem mundo
do mundo sem povo
sou dos rios sem fundo
e vou ao fundo do mar
Trago-te um desejo
que te fará rasgar
o último céu
que guardas no teu olhar
Há timbres no infinito
e olhares carimbados
no olhos dos homens
e há bocas de fogo
por todos os horizontes
acabados de chegar
Sou fome e sede
e corpo estendido
aos pés do teu altar
Beijo-te os pés
que sangram vontades
de caminhar
Caminha agora
sem medos do que te faz calar
Grita! Rompe fronteiras
derruba pontes. Sê fortaleza
enfrenta todos
os que te querem calar
Vê-me à transparência
que sou onda que chega
para contigo dançar
neste ermo que somos
gente sem rumo
mas com aprumo
enfrentando tempestades
no alto mar
Ônix, pseudónimo de Dolores Marques
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