Havia de tudo um pouco no seu pranto
Sem dias certos para sorrir ao mundo
Foi tecendo em horas mortas, o espanto
Que deu voz a um sonho profundo
Desse sonho nasceu um novo olhar
Desfilando no verso e no seu reverso
Até chegar ao templo, e se fechar
No altar-mor do seu novo Universo
Ainda que viva em todos os rios
Ainda que se afunde em outros mares
Sentirá o mesmo que muitos gentios
Que por sorte encontre o seu Norte
E no seu inverso se possa aventurar
Nos limites do seu consorte
Dolores Marques
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