sábado, 24 de julho de 2010

A rosca, a víbora e a lágrima

(Imagem google)


Perfurando à queima roupa
Trazendo na extremidade
O antídoto já pronto
Afoga-se no seu próprio veneno

A víbora…

Tiram-se as medidas
Em comprimento
No cumprimento
Do dever cumprido
E limpam-lhe a pele
Com uma lágrima

Mas de tanta poeira
Na atmosfera onde vive
Ante o antídoloto
Ela morre

A lágrima…

Sub-entenda-(se):
Dor lacrimejante
Abonando as medidas
Mais que desajustadas
À sua silhueta curvilínea

Firme, tão firme
Como as curvas
De uma rosca afiada
Laminando-lhe os pontos
Luminosos

Da lágrima…

1 comentário:

Flavia Assaife disse...

Dolores,

Tua poesia sempre é tão forte porém tão tênue. Belíssimo trabalho. Gostei imensamente.

Aproveito para lhe dar um grande beijo pelo dia do escritor, hoje 25/07.

Flávia Flor